O que é istmocele uterina?
A istmocele uterina é uma condição que consiste na formação de uma pequena bolsa ou saco na parede do útero, geralmente na região do istmo uterino. O istmo uterino é a parte estreita do útero localizada entre o corpo do útero e o colo do útero. Essa condição ocorre após algum procedimento cirúrgico uterino em que ocorreu uma incisão na parede uterina. Por essa razão, é algo que pode ocorrer após a cesárea.
De acordo com estudo realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, 20% das mulheres que têm seus bebês via cesárea desenvolvem istmocele uterina após o parto.
Em alguns casos, a istmocele uterina pode surgir após a cicatrização da incisão, pode se formar uma cavidade ou depressão na parede uterina, resultando na istmocele. Essa depressão pode reter sangue menstrual, o que pode causar dor e distúrbios menstruais em algumas mulheres.
Quais são os sintomas da istmocele?
Ela pode ser assintomática. Mas, quando presentes, os principais sintomas são:
- Dor e infecções pélvicas;
- Sangramento pós menstrual;
- Dor durante e fora da menstruação;
- Dor nas relações sexuais.
- Outro aspecto desta falha da musculatura uterina é que ela também pode provocar a infertilidade secundária.
Como é feito o diagnóstico?
Caso a mulher apresente os sintomas e já tenha feito alguma cirurgia no útero, é indicado que ela investigue para confirmar ou eliminar as suspeitas. O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética.
Tem tratamento?
Tem sim! A istmocele tem tratamento e ele pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e o desejo da paciente de engravidar novamente, já que afeta a fertilidade. Entre as opções de tratamento podemos citar:
- Acompanhamento com analgésicos para aliviar a dor;
- Histeroscopia para corrigir a depressão na parede uterina, nos casos em que a mulher não tem intenção de engravidar;
- Cirurgia laparoscópica para remover a istmocele, dependendo da extensão da condição.
É importante sempre conversar com o médico, para saber o diagnóstico correto e saber as formas de tratamento que são melhores para cada caso e mamãe.
FONTE: Revista da Associação Brasielira de Pediatria; SOBEL.