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Sífilis e gravidez

A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano, afetando cerca de um milhão de gestantes anualmente em todo o mundo. Sem o tratamento adequado, infelizmente, ainda pode resultar em diversas mortes.

A transmissão da sífilis ocorre predominantemente por via sexual. No entanto, ela também pode ser transmitida verticalmente para a criança, ou seja, de mãe para filho durante a gravidez.

Essa transmissão vertical geralmente acontece dentro do útero, embora possa ocorrer durante o parto se houver lesão ativa.

Consequências

É crucial lembrar que a infecção no bebê pode ser evitada se a mãe seguir corretamente o tratamento médico. Assim, os riscos associados à sífilis na gravidez podem ser efetivamente prevenidos com um pré-natal adequado.

No entanto, se o feto for infectado, especialmente no primeiro trimestre, os danos podem ser graves. Isso inclui:

  • Malformações;
  • Restrição do crescimento intrauterino;
  • Riscos de prematuridade e aborto.
  • A gravidade dos efeitos depende da fase da gravidez e se a doença não for tratada.

No final da gestação, o maior risco é a infecção do bebê, mais do que as consequências diretas da doença. Nesses casos, o tratamento com penicilina deve ser iniciado imediatamente após o nascimento para evitar complicações.

Sintomas

A sífilis apresenta diferentes fases com manifestações variadas:

 

Primária: Manifesta-se por uma úlcera assintomática, que surge entre 10 e 90 dias após a infecção. Geralmente, aparece na região genital.

Secundária: Surge entre 3 e 12 semanas após a fase primária, com manchas e caroços avermelhados na pele, semelhantes a alergias, geralmente no tronco, pés ou mãos.

Latente: É assintomática, detectável apenas por exames laboratoriais, representando um risco silencioso.

Terciária: Pode se manifestar de dois a mais de 10 anos após a infecção inicial, causando problemas graves em vários sistemas do corpo, incluindo lesões cutâneas, danos ao coração, vasos sanguíneos e problemas ósseos. A neurosífilis é uma complicação grave, afetando o sistema nervoso.


Tratamento e diagnóstico

O diagnóstico correto exige a realização de testes VDRL ou RPR no primeiro trimestre ou na primeira consulta pré-natal, e outro no início do terceiro trimestre.

O tratamento para gestantes é igual ao de outros pacientes: injeções de penicilina benzatina. As doses devem ser administradas a cada sete dias, não ultrapassando nove dias entre elas. Se alguma dose for perdida ou o intervalo exceder, o esquema de tratamento deve ser reiniciado.

A benzilpenicilina é a opção mais segura e eficaz para gestantes.

É recomendável que as pacientes evitem relações sexuais até que o tratamento (incluindo o do parceiro, se necessário) esteja completo.

Prevenção

Como uma IST, a sífilis pode ser prevenida com o uso de camisinha, mesmo durante a gravidez, para evitar reinfecção após o tratamento.

 

FONTE; Revista Crescer; Ministério da Saúde; Fiocruz.

 

 

 

 

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